segunda-feira, 9 de abril de 2012

O coelho não ressuscitou

Eram dois vizinhos. O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos. Os filhos do outro vizinho pediram um bicho para o pai. Ele comprou um cão pastor alemão.

Papo de vizinho:

* Mas ele vai comer o meu coelho.

* De jeito nenhum. Imagina. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade. Entendo de bicho.

E parece que o dono do cachorro tinha razão.

Juntos cresceram e amigos ficaram. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa.

Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho.

Domingo, à tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha.

Pasmo, trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, arrebentado, sujo de terra e, é claro, morto. Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo.

Dizia o homem:

- O vizinho estava certo, e agora? Só podia dar nisso! Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?! Todos se olhavam.

O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambendo os seus ferimentos.

Já pensaram como vão ficar as crianças? Não se sabe exatamente quem teve a ideia, mas parecia infalível:

Vamos lavar o coelho, deixá-lo limpinho, depois a gente seca com o secador e o colocamos na sua casinha. E assim fizeram. Até perfume colocaram no animalzinho. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças.

Logo depois ouvem os vizinhos chegarem. Notam os gritos das crianças. - Descobriram!

Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.

- O que foi? Que cara é essa?

- O coelho, o coelho...

- O que tem o coelho?

- Morreu!

- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.

- Morreu na sexta-feira!

- Na sexta?

- Foi antes de viajarmos, as crianças o enterraram no fundo do quintal e agora reapareceu!

Nota do Blog: Recebi por e-mail. Concluindo, o coitado do cachorro, desde sexta-feira, procurando seu amigo de infância e depois de muito farejar, descobre o corpo morto e enterrado e vai mostrar para seus donos, imaginando fazer ressuscitá-lo. E o ser humano continua o mesmo, sempre julgando os outros...

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