quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Zelador de cemitério constrói o próprio túmulo

Há 30 anos já é rotina, durante toda a madrugada até as 8h, Jorge Paulino é responsável por proteger e cuidar de 60 túmulos no cemitério de Mossoró.
E esta vocação cultivada há décadas, ele repassa aos familiares, como mulher, filhos e netos, que o ajudam nas atividades do serviço.

Foi destaque em matéria nacional no programa Balanço Geral, exibido pela Rede Record de Televisão.

Jorge Paulino conta que começou a trabalhar no Cemitério São Sebastião por indicação de sua cunhada.
No início estranhou um pouco, mas com o tempo foi se acostumando e até gostando do serviço. A vocação contagiou os familiares e hoje parte da família se dedica ao trabalho de zelar túmulos.

Ao contrário de muitas pessoas, o zelador vê a morte como algo natural e inevitável para todo ser humano. Prova disso é que Jorge Paulino já escolheu o caixão que quer ser enterrado. "Eu fui à funerária escolher, mas não o trouxe para casa. Quando eu sentir que estou perto de fazer "minha passagem", vou lá comprar meu caixão e trazê-lo para casa", afirma.

Além do caixão, o zelador também já preparou um espaço no cemitério para ser sepultado. Ele conta que ganhou o terreno de sua cunhada e decidiu construir uma capela, para assim garantir que os corpos de seus entes queridos sejam enterrados em bom lugar no cemitério.

Entre os túmulos que zela, ele conserva e cuida, há 20 anos, do local onde será sua última morada. "Espero demorar muito antes de ir para aí", brinca mostrando o local onde será sua cova.

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