quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O Rio Grande do Norte ficou esquecido


A tragédia que atingiu Santa Catarina, com mais de 100 mortos pelas chuvas, e outras milhares de pessoas desabrigadas, despertou o coração grande do presidente Lula do PT.

Depois de sobrevoar parte da área destruída, com os holofotes da grande imprensa, prometeu a ajuda emergencial de R$ 1,6 milhão. Isso foi na semana passada. Mas, até ontem, o dinheiro ainda não havia chegado.

A coluna não quer desacreditar a palavra do presidente, longe disso, mas o fato faz lembrar a catástrofe ocorrida no Rio Grande do Norte, entre março e abril deste ano, que castigou principalmente as regiões do Vale do Açu e de Apodi.

O presidente prometeu, numa audiência com a governadora Wilma de Faria, o repasse de R$ 98 milhões para recuperar parte das áreas destruídas, como casas, estradas e plantações.

Oito meses depois, o dinheiro não apareceu. E só agora, no finalzinho de novembro, é que o Governo Federal enviou algumas caixas de colchonetes. Talvez, quem sabe, já prevendo período chuvoso de 2009.

Lula não teve a sensibilidade de desburocratizar a liberação dos recursos, mesmo diante do caos que se instalou nas regiões atingidas.

Os prejuízos incalculáveis, principalmente no setor produtivo que atingiu os parques de fruticultura, carcinicultura, indústria salineira e petróleo, cuja produção chegou a ser suspensa nas áreas alagadas.

Na época, houve uma queda de 16% na balança comercial do Estado. Diagnóstico que foi passado para o presidente que, infelizmente, não adotou qualquer medida de forma concreta. Apenas o discurso, como o de agora. É esperar que os flagelados catarinenses tenham melhor sorte do que os potiguares.


Concordo com Cesar Santos do Jornal de Fato.

Nenhum comentário: